Parece ter cessado esta manhã
No pico mais elevado
Do entremeio
O lençol ajusta-se ao corpo
E o dia rendilha-se
Entre os meus dedos
_Ao meio.
Oh bendito movimento
Tão jovem quanto seco o galho
Onde pousas incessante
Oh despertar da manhã
Muro onde se regista a cor do tempo
Espaço onde o Inverno se esgueira pela fresta do espelho
O mesmo onde o Verão espreita e eu espero
Oh, movimento bendito
Pássaro ausente.
Repetem-se os gestos
As palavras sufragam-se
No peso redondo do Outono
As jarras enchem-se de crisântemos
E as flores avivam o sofá.
O horizonte perde-se no discurso murmurado
_na quietude do silêncio, abstraio-me para o milagre da luz
nesse espaço, o indisível rasga-se na cumplicidade de dois pássaros:
livres como são os meus sonhos.
IM, Fev de 2010
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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Estou muito emocionada por teres voltado, minha querida Isabel. O poema comento mais tarde.
ResponderEliminarA Ema entrou no Jardim Infantil no dia 1 de Fevereiro, e neste momento encontra-se a dormir na minha cama.
Mil beijinhos com os desejos de muitas felicidades das tuas amigas de sempre, Ema e Teresa
Fátima e Teresa muito obrigada, fiquei muito emocionada, ainda mais ao saber que a Ema entrou para o Jardim Infantil. Ainda estou muito debilitada, vou aparecendo na medida do possível. Um BEIJO GRANDE às três. Obrigada:)))
ResponderEliminarBoa noite, querida Isabelinha!
ResponderEliminarCiao cara mia,
ResponderEliminarsono felice di incontrarti almeno qui. Ti mando tanto sorriso e forza per superare i giorni difficili.
Un rande abbraccio e bacini
Muito escassa em palavras, mas não em sentires, venho só deixar-te um grande beijo, querida amiga.
ResponderEliminarno meio dos meus cinzentos, sorri quando te li.
Tão bonito, Isabelinha, vir procurar-te neste território das ausências e ver-te rodeada das amigas do coração, transformando-o num território das presenças.
ResponderEliminarBeijinhos, meu anjinho.
António
Chego aqui e encontro esse poema que fala de corpos, de curvas, pensamento e sentimentos. AO menos foi assim que ele chegou em mim, preenchendo os vãos que tenho em mim e logo me perdi com a tarde, com as nuvens e o vento a varrer a cortina que leva calafrios a um corpo abandonado no seu sono repentino e inusitado, tão inesperado quanto esse poema que ficou aqui em mim. Grazie
ResponderEliminarLi o teu comentário na Ema, minha querida Isabel, comentário esse, que me trouxe à lembrança aqueles tempos em que mantinhas
ResponderEliminar"correspondência com uma criança". Lembras-te?
Desejo, que estejas de volta com todo o vigor, e que a tua longa ausência pertença ao passado.
Bejinhos da Ema (que é raro ver desde que está no jardim infantil) e da amiga de longe que pensa muito em ti.
PS: Aconteceu no Domingo de Páscoa - a Ema é horrívelmente vaidosa, e não gostou nada do corte da franja, e queria mandar-me para o telhado de castigo!!!