Parece ter cessado esta manhã
No pico mais elevado
Do entremeio
O lençol ajusta-se ao corpo
E o dia rendilha-se
Entre os meus dedos
_Ao meio.
Oh bendito movimento
Tão jovem quanto seco o galho
Onde pousas incessante
Oh despertar da manhã
Muro onde se regista a cor do tempo
Espaço onde o Inverno se esgueira pela fresta do espelho
O mesmo onde o Verão espreita e eu espero
Oh, movimento bendito
Pássaro ausente.
Repetem-se os gestos
As palavras sufragam-se
No peso redondo do Outono
As jarras enchem-se de crisântemos
E as flores avivam o sofá.
O horizonte perde-se no discurso murmurado
_na quietude do silêncio, abstraio-me para o milagre da luz
nesse espaço, o indisível rasga-se na cumplicidade de dois pássaros:
livres como são os meus sonhos.
IM, Fev de 2010
TERRITÓRIO DAS AUSÊNCIAS
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
A POÉTICA DO ESPAÇO SEGUNDO BACHELARD
"Our house is our corner of the world. As has often been said, it is our first universe, a real cosmos in every sense of the word"
BACHELARD, Gaston, in The Poetics of Space
*
Subscrever:
Mensagens (Atom)